Ataxia de glúten ! O que é?
Ataxia, na acepção que aparece no dicionário Aurélio,
refere-se à incapacidade de coordenação dos movimentos musculares
voluntários e que pode fazer parte do quadro clínico de numerosas
doenças do sistema nervoso. Trata-se, portanto, de um sintoma que, em um
sentido amplo, pode estar presente em vários tipos de patologias (como
nos AVCs - ou derrames -, na esclerose múltipla, na intoxicação
alcoólica, deficiência de vitamina b12, entre outras).
Pode-se,
de forma didática, considerar que as ataxias podem ser de causa
"genética" (ataxias hereditárias) ou adquiridas (decorrentes, por
exemplo, de efeitos ambientais, tumores, doenças neuroimunológicas).
Hereditárias
As
ataxias hereditárias formam um grupo heterogêneo de doenças, mas que
possuem, como característica comum, o fato de serem geneticamente
determinadas. São subdividas em dois grandes grupos: as autossômicas recessivas e as autossômicas dominantes (existem, ainda, as raras formas ligadas ao cromossomo X e as determinadas por mutações no DNA mitocondrial).
Nas ataxias recessivas,
tem-se, geralmente, um componente multissistêmico (englobando vários
sistemas como o cardiovascular, o endocrinológico, o visual). Os
primeiros sintomas se manifestam usualmente antes dos 20 anos de idade
(embora muitos pacientes já tenham manifestações clínicas na
infância).Uma das primeiras ataxias desse grupo a ser descrita foi a
Ataxia de Friedreich, cujos primeiros sintomas já podem aparecer na
infância. Trata-se da ataxia recessiva de maior prevalência mundial.
Já as ataxias dominantes se
iniciam geralmente na fase adulta, mas podem ter início precoce (abaixo
dos 20 anos de idade) quando ocorre um fenômeno genético conhecido como
"antecipação". Nas ataxias dominantes em que ocorre esse fenômeno, o
surgimento dos sintomas pode se apresentar de forma mais precoce nas
gerações posteriores da mesma família. A Doença de Machado Joseph (SCA3
ou DJM) é o tipo de ataxia dominante de maior ocorrência mundial.
Há várias ataxias dominantes descritas, particularmente as incluídas sob nome de espinocerebelares, ou SCAs (do inglês: Spino-cerebellar Ataxias).
Atualmente, há cerca de 29 SCAs descritas , além de outras ataxias
dominantes como a DRPLA (Atrofia dentato-rubro-palidusiana). Como essas
ataxias possuem muitas características em comum, a investigação clínica
torna-se difícil, já que há sobreposição clínica entre as diferentes
SCAs e, por outro lado, dentro de uma mesma família pode haver grandes
variações de sintomas entre diferentes membros. Atualmente, com os
avanços da genética molecular, começou-se a compreender melhor a
fisiopatologia dessas doenças, possibilitando o aconselhamento genético
das famílias.
Os
sintomas comuns que acometem essas doenças são basicamente: andar
cambaleante, incoordenação motora em membros superiores e inferiores,
fala disártrica (enrolada), problemas na visão e na deglutição (como se o
portador estivesse alcoolizado). Podem iniciar-se e se manifestar de
várias formas: tonturas ou perda de equilíbrio, fala enrolada, marcha cambaleante, dor nos músculos e articulações, nas pernas, joelhos,
coluna, câimbras, dificuldade na visão, diplopia, distonia (contração
muscular involuntária), engasgos, entre outros sintomas. Eles vão
incapacitando o doente, tornando-o cada vez mais dependente de terceiros
e levando-o, muitas vezes, a uma cadeira de rodas. Vale salientar,
contudo, que as habilidades cognitivas usualmente permanecem preservadas
na maioria dos pacientes.
As
ataxias hereditárias também podem ser classificadas a partir do
mecanismo de herança do gene com a mutação genética. Assim, nas ataxias
dominantes, basta a presença da mutação de um gene para que a doença se
manifeste, dessa forma geralmente um dos pais é portador da mutação e a
transmite para as gerações seguintes. Nas recessivas, é necessário que
ambos os pais contenham um gene alterado e transmitam-no para que o
filho seja afetado e apresente a doença. Nesses casos, os pais,
carreadores da mutação, não possuem manifestação nenhuma da doença, pois
ela só se manifesta quando há duas cópias do gene alterado.
Outra
diferença fundamental é que as dominantes atacam basicamente o sistema
neurológico; enquanto as recessivas, geralmente, possuem acometimento
multissistêmico - afetando outros sistemas além do sistema nervoso
central (podendo causar, assim, problemas cardíacos, hormonais,
visuais).
Adquiridas
As
ataxias também pode ser adquiridas. Não têm um componente genético
envolvido, podendo ser causadas por abuso de álcool ou drogas,
intoxicação por metais pesados ou por disfunções do sistema
neuroimunológico (como a esclerose múltipla).
Atualmente
não há cura para as ataxias hereditárias nem para a maioria das
adquiridas. Algumas das ataxias hereditárias podem se beneficiar, por
exemplo, de tratamento com interferons (medicações que modulam a
resposta do sistema imunológico) ou com a suspensão do agente causador
da deterioração cerebelar.
Deve-se,
contudo, ressaltar a importância das terapias de reabilitação por meio
do acompanhamento com fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional,
fisiatria, além do suporte psicológico com acompanhamento
individualizado e em sessões de grupo. Visa-se, assim, oferecer ao
portador de ataxia uma melhor qualidade de vida, procurando torná-lo
independente no manejo das mais variadas atividades pelo maior tempo
possível. Os avanços da genética molecular, das técnicas de
silenciamento gênico e das terapias celulares representam possibilidades
promissoras para todos os portadores de ataxia e significarão, quiçá em
um futuro cada vez mais próximo, a possibilidade de tratamento
definitivo desse grupo de doenças.
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Na
Associação Brasileira de Ataxias Hereditárias e Adquiridas (ABAHE),
enfocamos as ataxias hereditárias (dominantes e recessivas) e as
adquiridas, atendendo com a maior atenção portadores de outras ataxias
que vêm até nós. Clique aqui e veja quem somos.
*Com
supervisão: Dr. Charles Marques (Depto. de Genética da USP -Ribeirão
Preto) e Dr. Marcondes França Jr. (Depto. de Neurologia da Unicamp).
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do blog: Viver sem Glúten
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O Glúten e danos no Cérebro
O glúten pode atacar o cérebro - Danos sistema neurológico
Por Jorge Rezende ·
Data: 14 de marco de 2012
Postado por: por Sarka-Jonae Miller
(NaturalNews)
- Algumas pessoas são literalmente tropeçando pela vida pensando que
eles são um desajeitado quando realmente glúten é a culpa. Antes de
sintomas gastrointestinais como dor de estômago aparecem, danos
neurológicos já pode ser feito, de acordo com o Centro de neuropatia
periférica. A Sociedade sem glúten glúten chama uma "neurotoxina
potencial." Danos ao glúten pode causar desde tonturas inexplicável a
dormência nas mãos e nos pés.
Glúten de ataxia
Aproximadamente
10 por cento das pessoas com doença celíaca desenvolver sintomas neurológicos, de acordo com o Centro de neuropatia periférica. Ataxia descreve uma condição neurológica caracterizada por movimentos bruscos e um andar desajeitado. Ataxia glúten especificamente descreve uma condição neurológica causada por uma sensibilidade ao glúten que conduz a uma grande variedade de sintomas, incluindo:
- Dificilmente se concentrar
- Perda de equilíbrio
- Quedas freqüentes
- Distúrbios visuais
- Dificuldade para caminhar
- Tremores
- Trouble julgar distâncias
Em
pessoas com sensibilidade ao glúten, comer alimentos com a proteína do glúten desencadeia uma reação auto-imune. O corpo ataca o glúten com anticorpos da mesma forma que os anticorpos para vírus de ataque. Isso danifica os intestinos. Dano intestinal inibe a absorção de nutrientes, muitas vezes levando a deficiências nutricionais.
As deficiências da vitamina pode ser o culpado para a ataxia de glúten, de acordo com um artigo na fev / mar 2011 questão de viver sem revista.
Outra explicação é de que algo no cérebro é bastante semelhante ao glúten que os anticorpos liberados para atacar glúten também atacar o cérebro.
Acausa exata para a ataxia de glúten é desconhecida, mas o que fica claro é que a ingestão de glúten torna pior. Um estudo publicado no Journal of Neurology, Neurosurgery, e Psiquiatria em Setembro de 2003 descobriu que os participantes com ataxia que seguiram uma dieta livre de glúten demonstrou melhora nos sintomas de ataxia em comparação ao grupo controle, e tinham anticorpos antigliadina um número significativamente menor, ou "anti- anticorpos ao glúten ", após um ano.
Neuropatia Glúten
Neuropatia,ou neuropatia periférica, descreve uma série de distúrbios caracterizados por dano do nervo a um ou mais nervos fora do cérebro e da espinal medula. Muitas vezes a causa da neuropatia é desconhecida,embora as doenças auto-imunes e deficiências de vitamina são algumas das causas potenciais, de acordo com a Mayo Clinic. Neuropatia glúten é quando a resposta auto-imune é a causa do dano do nervo.
Um estudo publicado na revista Muscle & Nerve em dezembro de 2006 descobriu que os participantes com neuropatia que seguiram uma dieta livre de glúten apresentou melhora significativa nos sintomas após um ano. O grupo controle relataram piora dos sintomas.
Tratamento
Pessoas que têm uma intolerância ao glúten não respondem aos testes de alergia simples, como alguém com uma alergia ao leite ou porca pode. A forma mais suave para descobrir se alguém é sensível ao glúten é a terapia dietética. Evitar o glúten por várias semanas, então reintroduzi-lo e observar as reações.
Uma vez que é sabido que uma pessoa tem um problema com glúten existe apenas uma forma de tratamento: a abstinência. Pessoas com algum grau de sensibilidade ao glúten ou intolerância devem completamente desistir.
Isso significa não apenas evitar alimentos óbvias, como pão e macarrão,mas também alimentos como o molho de soja e de alcaçuz que contenham pequenas quantidades de trigo.
Felizmente,existem muitas alternativas. Massas feitas com farinha de arroz ou quinoa são isentos de glúten. Pão de arroz pode substituir o pão feito a
partir de grãos que contêm glúten. Farinha de trigo sarraceno não
contém glúten e funciona bem para panquecas. Algumas empresas até mesmo fazer sem trigo de molho de soja. É simplesmente uma questão de ler os rótulos e comprar ao redor.
Sobre o escritor:
Sarka-Jonae
Miller é um escritor da saúde e romancista. Ela foi certificada como um
personal trainer através da Academia Nacional de Medicina do Esporte e
da Aeróbica e Fitness Association of America. Ela também trabalhou como
instrutor de massagem terapeuta exercício, grupo e professor assistente
de artes marciais.
oi gostei muito do blog minha filha tem doença celiaca e esta passando por algumas dificuldades e preciso muito de imformaçoes como essa para me ajudar e tbem ajuda la beijos,responde pelo blog da minha filha http://evelynprincessdocinho.blogspot.com.br/ Obrigada
ResponderExcluirOi Evelyn,bem vinda! Me add no face,fica mais fácil para tirar dúvidas,doença celiaca pode interferir em muitas coisas,algumas mínimas q não mudam a rotina do dia a dia,depende do grau de cada um ok.
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